sábado, 27 de julio de 2019

Venezuela: uma guerra contra a classe operária - parte 4


Para onde vai a Venezuela?

O capitalismo mundial se dirige para a pior crise da sua história. A burguesia imperialista precisa desesperadamente de uma guerra para desviar o desenvolvimento das tendências revolucionárias que irão crescer inevitavelmente no próximo período.
Na América Latina, a Venezuela se encontra na linha de frente dos ataques do imperialismo norte-americano, enquanto o Brasil faz parte da base principal de sustentação e expansão dessa política. O objetivo é aplicar um tremendo ataque contra os trabalhadores brasileiros, colocar em ação o Estado policial militar que já foi estruturado para enfrentar o ascenso operário. O Brasil é o modelo para uma segunda onda de Operação Condor na América Latina que passa pela militarização das sociedades, o controle da Venezuela a sangue e fogo, e a expulsão dos russos e chineses da região. A partir daí, o imperialismo teria fôlego para aventuras em maior escala em outras regiões, rumo a uma guerra mundial, a única “saída” possível para a crise capitalista devido à impossibilidade de colocar em pé uma política alternativa ao chamado “neoliberalismo”, num período em que as leis do capital estão exacerbando as contradições até o extremo.
O sucateamento generalizado da Venezuela e a hipoteca do país por meio de dívidas que só aumentam de maneira exponencial tem como objetivo a apropriação das maiores reservas mundiais de petróleo. Somando as reservas de petróleo da Venezuela e as do Esequibo (a região em disputa entre a Venezuela e a Guiana) há 760 mil milhões de barris provados, ou três vezes as reservas da Arábia Saudita. A isso se somam enormes reservas de um mineral raro muito importante, o coltan, além de cobre, bauxita, mineral de ferro, ouro e vários outros.
Os trabalhadores venezuelanos e principalmente, a classe operária venezuelana, devem se organizar para resistir aos ataques. É preciso fortalecer o agrupamento dos revolucionários, em cima do programa revolucionário, para enfrentar a guerra híbrida do imperialismo (uma agressão militar sem tropas) que se encontra muito próxima de uma guerra militar a quente. É preciso conter a sangria por meio dos sindicatos e dos órgãos de poder popular. Mas a luta é desigual, ainda mais quando a pressão do imperialismo está jogando a maioria dos trabalhadores num enorme refluxo.
Por esse motivo, é preciso se organizar para preservar a vanguarda revolucionária para atuar no próximo período, onde está colocado o enfrentamento aberto com o imperialismo. É preciso acelerar a organização do núcleo que poderá criar o partido operário revolucionário de massas. É preciso romper o isolamento, no contexto em que os trabalhadores se encontram muito preocupados com as necessidades do dia a dia. É preciso fortalecer o internacionalismo proletário. Os ataques do imperialismo são regionais e globais, portanto, uma resposta forte só pode ser, pelo menos, uma reposta a nível da América Latina.

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